A maior igreja em número de membros considerada neo pentecostal, a Universal do Reino de Deus atua de forma marcante na TV brasileira, conquistando uma extensa grade de horários que apenas na TV Record significa um investimento de meio bilhão de reais, ou mais precisamente R$ 575 milhões só este ano. A informação é de Ricardo Feltrin em sua coluna no portal UOL.
O investimento milionário da Universal na TV Record não é por acaso. A igreja possui grande parte da sua programação voltada para o público que não frequenta a instituição regularmente, mas que acompanha, de casa, as campanhas, eventos e temas religiosos transmitidos pela TV, até contribuindo para a manutenção da sua grade de programações.
Segundo Feltrin, o investimento atual da Universal é 139,58% maior do que estimados dez anos atrás, pela mesma quantidade de horário. Na época, em 2006, a instituição religiosa gastou R$ 240 milhões. O jornalista apresenta o que seriam os gastos da Universal com horários de TV no decorrer dos anos, como segue:
2006 – R$ 240 milhões
2011 – R$ 480 milhões
2013 – R$ 500 milhões
2015 – R$ 535 milhões
2016 – R$ 575 milhões (estimativa) / Fonte: UOL
2011 – R$ 480 milhões
2013 – R$ 500 milhões
2015 – R$ 535 milhões
2016 – R$ 575 milhões (estimativa) / Fonte: UOL
O aumento do investimento indica a eficácia do método empregado pela Universal na abordagem dos fiéis através da TV, uma vez que o crescimento da instituição é proporcional ao número de membros e, consequentemente, a maneira como eles contribuem com ela.
Apesar de ainda respirar no Congresso projetos de lei que visam barrar o aluguel dos horários de TV e rádio para instituições religiosas, como o que prevê limite de horário em até 20%, a tendência é que essas programações continuem crescendo.
Segundo levantamento feito pela coluna de Ricardo Feltrin, no UOL, uma de cada cinco horas de programação na TV aberta é ocupada por instituições religiosas. Esse número revela não apenas o poder econômico e influência de algumas dessas instituições, como também a aceitação da população perante o conteúdo religioso ofertado por elas.
Por fim, ainda não há nenhuma lei que regulamente o conteúdo das programações religiosas veiculadas na TV e o fortalecimento da bancada evangélica no Congresso tende a favorecer a veiculação de conteúdos religiosos, que em faturamento para a Rede Record, atualmente, significa 28,7%, ou cerca de R$ 2 bilhões de reais só este ano, ainda segundo Feltrin.
Via: Gospel+
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