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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

2 de fevereiro de 2010

Cristo é insuficiente


Agora mesmo no meu trabalho a gerente me perguntou de qual igreja eu era. A supervisora já ficou antenada na minha resposta porque já conversamos bastante sobre isso. Parei, pensei qual a melhor forma de dizer que… bem… não sou de nenhuma igreja, sou de Cristo!

Disse pra ela que não frequentava nenhuma igreja, por assim dizer. A reação? Se espantou comigo e disse que não imaginava isso porque eu parecia tão amoroso, gentil e conhecedor da Bíblia. A supervisora aproveitou o gancho para continuar com suas conclusões pertinentes ao assunto. E me disse que eu seria de grande valia dentro de uma igreja e que estou desperdiçado.

Tentei explicar às duas (se ajuda mencionar, católicas) que amo a Igreja, no entanto, não me identifico com templos, denominações (leia-se nomes fantasia, marcas, fachadas, placas, instituições autoexistentes, sectarismos, segregarismos, alienalismos, partidarismos, exclusivismos e etc), tradições vigentes e congeladas em si mesmas e, portanto, não exalto todo esse Sistema Humano como Igreja de Cristo, muito menos como Reino de Deus. O Reino de Deus trancende nossas limitações de terminologia e tentativas de domesticar a Palavra de Deus e o modo que o próprio Deus interage com os homens. Também expliquei que o único nome no Céu e na Terra pelo qual importa que eu seja salvo é o nome de Jesus. E que esse nome já é unicamente suficiente para eu referenciar minha vida, minha fé, meu trabalho, minha família, meu falar, meu pensar, meu agir, meu entendimento, minha alma e minha persistência. Enfim, não deu em nada. Ficaram com aquela expressão desgostosa estranhando eu não me ligar a nenhuma denominação.

Depois sentadinho de frente ao meu PC fiquei matutando: O que elas queriam dizer é que o nome de Cristo não é suficiente? Que preciso incrementar outros nomes além do Nome sobre todo nome?

O nome de Jesus não basta?

Essa atitude e esse modo de pensar demonstra uma falsa necessidade de que pertençamos à um cerco religioso desde que este ostente uma denominação. Se eu não me filio ou membreio a uma instituição estruturada e registrada em cartório com "razão social, nome fantasia e tudo mais" as pessoas te olham como um transeunte espiritual, perdido em filosofias próprias. Se digo que sou de Cristo, me reuno ao nome de Jesus e invoco o nome do Senhor as pessoas não se satisfazem com a resposta. Elas querem ouvir mais. Elas querem um Plus no nome de Jesus!

Essa forma de pensar está tão arraigada que, nota-se, as pessoas não conseguem pregar o Evangelho sem mencionar o nome da sua igreja. Aliás, a maioria acha que pregar o Evangelho é convidar o vizinho para ir visitar a igreja da qual é membro. O vizinho aceita, ele ouve o pastor, se aceitar a Cristo ótimo, se não, vai pela dor, afinal "fiz a minha parte. O levei para a igreja".

A Igreja é um lugar?

A Igreja não é um lugar, mas um ajuntamento dos santos. Daqueles que creram nas Boas Novas. A reunião de irmãos para desfrutarem da comunhão. Irmãos que foram salvos pelo sangue de Cristo e que agora compartilham a Nova Vida Nele. E que se reunem ao nome Dele. Edificam-se uns aos outros com amor, gentileza, paciência e cordialidade. Exortam-se mutuamente. Divertem-se e partilham da mesma alegria da Salvação. Esses crentes no Senhor Jesus possuem suas vidas. E são suas vidas que pregam o Evangelho. Porque suas vidas mudaram por causa do nome de Cristo. Esses crentes testemunham esse nome. E não se atrevem a incorporar nenhum outro nome que possa desmerecer o poder e a suficiência do nome de Cristo.

O sacrifício de Cristo não é suficiente?

O que a religião diz é que o sacrifício de Cristo não é suficiente, afinal, temos que pagar penitências, cumprir liturgias minuciosamente, guardar datas consagradas com bastante esmero, frequentar incansavelmente um um templo, um santuário, um prédio ou salão, assistir fielmente um culto, uma missa, uma exibição de eloquência e oratória de um "super-homem de Deus", submeter-nos à pseudo-autoridade de um "ministro do Senhor", um "homem consagrado e ungido", um "representante de Deus", um clérigo/sacerdote/pastor/padre/bispo/arcebispo/papa/apóstolo/profeta (leia-se "profissional da fé" gabaritado para funções "eclesiásticas" que somente seres iluminados podem desempenhar). A religião quer sugar a energia espiritual de pessoas que não crêem de todo que o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado e que somente a Sua graça nos basta. Pessoas que não entendem(ou não se arriscam a entender) que somos salvos pura e simplesmente pela fé. Que a Salvação é dom de Deus, não por obras. Não vem de nós para que não nos gloriemos de nosso esforço próprio (religião).

Precisamos de outro nome?

A religião nos arma de articulações que nos possibilitam agregar à Palavra de Deus confissões que em muito excedem a simplicidade do Amor do Pai. Ela nos dita que precisamos estar ligados a outros nomes que não sejam o nome de Cristo. As pessoas não dizem que são de Cristo diretamente. Antes, referenciam-se a fundações de homem julgando estar mencionando que são de Cristo: "Sou Batista!", "Sou Presbiteriano", "Sou Católico Apostólico Romano", "Sou Adventista", "Sou Assembleiano", "Sou Metodista", "Sou Luterano", "Sou Franciscano", "Sou Calviniano", "Sou Católico Carismático", "Sou Ortodoxo", "Sou Evangélico", "Sou Protestante", "Sou Pentecostal", "Sou Renovado", "Sou Apostólico", "Sou Liberal", "Sou Tradicional", "Sou da Fonte da Vida", "Sou da Quagrangular", "Sou da Renascer", "Sou da Universal", "Sou de Paulo", "Sou de Apolo", "Sou do Hernandes", "Sou do Bento XVI" e etc… (Ora, se tem um serzinho que tem no histórico um gosto excessivo por diferentes nomes esse é Lúcifer. Será que tem o dedo dele nisso? – rs)

Como escreveu certa vez um cara que prezo bastante: "Acaso está Cristo dividido?"
Não julgo necessário ostentar na minha vida outro nome que não o de Jesus! Cristo é suficiente! É o único nome, vindo de Deus, que nos une, nos salva e nos dá autoridade enquanto Igreja! O resto é nome de homem…

Vi aqui


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2 comentários:

  1. Graça e Paz!

    Excelente post, digno de muita reflexão.
    parabéns


    Em Cristo

    Ailton
    www.extremosulgospel.com.br

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  2. Perfeito, é o "santo dìzimo" que é o concorrente do nome verdadeiro de jesus. Jesus é suficiente para nos salvar. Espero que os irmãos não fiquem com raiva, continuo cristão.

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