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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

24 de agosto de 2011

Eu fui na igreja do Lobo-mau

 
"Muita gente já deu a sua vida pela causa de Cristo. E eu como ministro do evangelho jamais vou aceitar que pastorzinhos de fundo de quintal tirem a esperança, a sã doutrina que nossos antigos missionários colocaram". (Jeferson Queiroz)
 
 
Bom, e lá estava eu mais uma vez a ser o pregador da noite.
 
Numa madrugada de vigilia com o auditório lotado. A culto iniciou-se com uma oração muito mecânica. Apresentou-se logo um grupo musical gospel. Nos primeiros acordes, notei que faltava talento e sobravam decibéis. A letra era incentivadora, toda a música concentrava-se em repetir um refrão: "deus vai destruir teu inimigo, deus vai lhe dar do bom e do melhor ." A multidão foi ao delírio com o término da apresentação que todos chamaram de"louvorzão."
Gritava e movia-se, sapateavam e falavam em linguas em um frenesi alucinante.
 
O líder do culto, levantou-se e ensinou as pessoas uma coreografia que, segundo ele, derrotaria o diabo. Todos, como se estivessem com espadas na mão, passaram a encenar uma batalha de Filme americano. Terminada a "batalha" foram gastos mais de quarenta minutos no levantamento das ofertas.
 
O ambiente tornou-se constrangedor. Tudo foi feito para aumentar a contribuição. Desde ameaças a promessas de que receberiam cem vezes mais. Como também se colocou um medo no coração dos não ofertantes com maldição e ataques do diabo.
 
As ofertas resolveriam todos os problemas das pessoas. De acordo com o valor dado, o câncer desapareceria, os problemas conjugais se resolveriam. A oferta seria a chave para uma vida plena e feliz.
 
O preletor daquela noite seria eu, preocupado com o que dizer ou por onde começar montava meu próprio esboço baseando-me nas aberrações que estavam ali.
 
levantou-se para uma saudação um homem com uns quatro anéis de teologia, terno branco e sapato vermelho brilhante e, por cerca de trinta  minutos, falou sobre assuntos diversos sem, contudo conduzir uma linha de raciocínio, sem qualquer compromisso de expor a Bíblia. Parecia não haver se preparado. Falava, falava, deixando que suas divagações o conduzissem a um próximo pensamento, que nem ele próprio sabia qual era. Cada oportunidade concedida me perturbava. Transformava-se em um pesadelo.
 
O clima era desconfortável. Mesmo em espirito de oração, lembro-me de como o músculo de minha face tremia diante da honra de apertar a mão de cada um deles. Muitas perguntas vieram à minha mente. Curiosidades, esclarecimentos, dúvidas que precisavam ser sanadas. Mas, ao contrário, eles é que começaram a me adorar. Meu nome foi citado varias vezes, muitos abraços carinhosos de gente que eu nunca vi, roupas escandalosas e gente fina, rica. As Damas cumprimentavam-me só com a ponta dos dedos, gente metida mesmo.
 
 
Logo, me indentifiquei com dois obreiros.
 
W.L , veemente, mostrou-me os efeitos devastadores que as relíquias tiveram em seus dias e que somos justificados pela fé. Para ele, a Palavra deveria ser suficiente para produzir fé e que não precisamos de "pontos de contato" para que o poder de Deus flua em nós.
 
S.A., interveio em minha conversa com W.L.. Ele também estava revoltado. Sua maior preocupação era entender o porquê de tanto descaso com a Bíblia. Ele não entendia como nos separamos tanto da Reforma que transformou o conceito de culto. Concluiu me mostrando que o púlpito antigamente ficava deslocado em um lugar de menor importância e que o altar é que era central.
 
Só no protestantismo, o púlpito passou a ocupar o lugar mais central do templo. Tentei mostrar-lhe que estamos em uma sociedade viciada em imagens. Que o nosso nível de atenção hoje é mínimo. Falei-lhe dos vídeo clips, da superficialidade cultural que a televisão produz. Ouviu-me com atenção, mas parece não ter aceitado minha explicação.
 
W.L. estava aturdido. Ele me dizia que percebia por aquele culto que  havia muitos chavões mas pouco compromisso ético na igreja. Por duas vezes, me perguntou: "Será possível conduzir a obra de Deus apenas prometendo triunfo, sem jamais questionar a vocação profética da igreja?
 
Graças a Deus eu não estava sozinho, os próprios membros do ministério já vinham sofrendo.
 
Desci do Pulpito e fui la fora beber uma água logo W.L. se aproximou com S.A. e mais dois pastores querendo entender o que se passava. Falou-me de como eram os cultos evangelísticos de seus dias e de como as pessoas encaravam o novo movimento religioso. Mostrou-me que o apelo para as pessoas se converterem foi uma quebra de paradigmas. Ele fazia o apelo para que as pessoas que estavam "ansiosas" por salvação tivessem um tempo para refletir e saber se realmente desejavam um compromisso real com Cristo. Que o novo nascimento era uma decisão importantíssima que as pessoas faziam em resposta à graça.
 
W.L., que me apresentou a outros ilustres obreiros, não aceitava que todo o sacrifício dos pioneiros do movimento pentecostal desmoronasse em uma teologia tão imediatista. Ele dizia que não há pentecostes sem a cruz. Com um sotaque sueco, disse-me: – Meu filho, não há experiências com o Espírito Santo sem zelo missionário, sem paixão evangelística.
 
Rasguei meu esboço original e deixei Deus trabalhar no meu coração, vou usar um esboço celestial "entrego-me nas suas mãos Deus, usa-me conforme a tua vontade".Derrepente . Estava rodeado com uma grande nuvem de testemunhas, jovens, idosos que não aceitam aquele tipo de religião naquela igreja e todos tinham o semblante preocupado.
 
Logo descobir que o Pastor presidente havia falecido e que um "tal" assumiu a posição mudando todo mandamento e doutrina biblíca.
 
Sem pensar muito, fizemos um pequeno circulo e oramos. Em minha prece, pedi que Deus levante uma igreja evangélica no Brasil comprometida em ter apenas a Bíblia como regra de fé e de prática. Pedi que Deus levante pastores que cuidem do povo como rebanho de Deus e não como um investimento que pode ser capitalizado no futuro. Orei para que os seminaristas não confundam sucesso com um ministério aprovado por Deus. Supliquei a Deus que nos faça uma igreja solidária com os miseráveis, profética na defesa dos indignos e misericordiosa com os pecadores.
 
Muita gente já deu a sua vida pela causa de Cristo. E eu como ministro do evangelho jamais vou aceitar que pastorzinhos de fundo de quintal tirem a esperança, a sã doutrina que nossos antigos missionários colocaram.
 
Preguei, ministrei. E ministrei mesmo. Muitos foram renovados. Ministrei que devemos buscar primeiro o Reino de Deus e sua Justiça.
 
Assim que entreguei o microfone o pastor presidente Erivaldo Coelho, Igreja Assembléia Primitiva disse que eu não sabia pregar e que era muito jovem para ministrar aquele tipo de sermão. Uma pena que alguns lobos me colocaram pra fora da igreja.
 
Sai debaixo de chuva, cheguei em casa todo ensopado e aos prantos. Minha esposa logo percebeu e me confortou.
 
Mas deixei a marca de Cristo naquele lugar. No dia seguinte fui informado que muito mais da metade daquela igreja saiu logo atras de mim deixando a madrugada de vigilia sem quase espectador.
 
Sugiro que leiam o texto aqui mesmo no meu blog "igrejas também morrem".
 
 
Jeferson Queiroz
Praise God. For him, all glory and praise.Eu fui na igreja do Lobo-mau

 
 
"Muita gente já deu a sua vida pela causa de Cristo. E eu como ministro do evangelho jamais vou aceitar que pastorzinhos de fundo de quintal tirem a esperança, a sã doutrina que nossos antigos missionários colocaram". (Jeferson Queiroz)
 
 
 
 
Bom, e lá estava eu mais uma vez a ser o pregador da noite.
 
Numa madrugada de vigilia com o auditório lotado. A culto iniciou-se com uma oração muito mecânica. Apresentou-se logo um grupo musical gospel. Nos primeiros acordes, notei que faltava talento e sobravam decibéis. A letra era incentivadora, toda a música concentrava-se em repetir um refrão: "deus vai destruir teu inimigo, deus vai lhe dar do bom e do melhor ." A multidão foi ao delírio com o término da apresentação que todos chamaram de"louvorzão."
Gritava e movia-se, sapateavam e falavam em linguas em um frenesi alucinante.
 
O líder do culto, levantou-se e ensinou as pessoas uma coreografia que, segundo ele, derrotaria o diabo. Todos, como se estivessem com espadas na mão, passaram a encenar uma batalha de Filme americano. Terminada a "batalha" foram gastos mais de quarenta minutos no levantamento das ofertas.
 
O ambiente tornou-se constrangedor. Tudo foi feito para aumentar a contribuição. Desde ameaças a promessas de que receberiam cem vezes mais. Como também se colocou um medo no coração dos não ofertantes com maldição e ataques do diabo.
 
As ofertas resolveriam todos os problemas das pessoas. De acordo com o valor dado, o câncer desapareceria, os problemas conjugais se resolveriam. A oferta seria a chave para uma vida plena e feliz.
 
O preletor daquela noite seria eu, preocupado com o que dizer ou por onde começar montava meu próprio esboço baseando-me nas aberrações que estavam ali.
 
levantou-se para uma saudação um homem com uns quatro anéis de teologia, terno branco e sapato vermelho brilhante e, por cerca de trinta  minutos, falou sobre assuntos diversos sem, contudo conduzir uma linha de raciocínio, sem qualquer compromisso de expor a Bíblia. Parecia não haver se preparado. Falava, falava, deixando que suas divagações o conduzissem a um próximo pensamento, que nem ele próprio sabia qual era. Cada oportunidade concedida me perturbava. Transformava-se em um pesadelo.
 
O clima era desconfortável. Mesmo em espirito de oração, lembro-me de como o músculo de minha face tremia diante da honra de apertar a mão de cada um deles. Muitas perguntas vieram à minha mente. Curiosidades, esclarecimentos, dúvidas que precisavam ser sanadas. Mas, ao contrário, eles é que começaram a me adorar. Meu nome foi citado varias vezes, muitos abraços carinhosos de gente que eu nunca vi, roupas escandalosas e gente fina, rica. As Damas cumprimentavam-me só com a ponta dos dedos, gente metida mesmo.
 
 
Logo, me indentifiquei com dois obreiros.
 
W.L , veemente, mostrou-me os efeitos devastadores que as relíquias tiveram em seus dias e que somos justificados pela fé. Para ele, a Palavra deveria ser suficiente para produzir fé e que não precisamos de "pontos de contato" para que o poder de Deus flua em nós.
 
S.A., interveio em minha conversa com W.L.. Ele também estava revoltado. Sua maior preocupação era entender o porquê de tanto descaso com a Bíblia. Ele não entendia como nos separamos tanto da Reforma que transformou o conceito de culto. Concluiu me mostrando que o púlpito antigamente ficava deslocado em um lugar de menor importância e que o altar é que era central.
 
Só no protestantismo, o púlpito passou a ocupar o lugar mais central do templo. Tentei mostrar-lhe que estamos em uma sociedade viciada em imagens. Que o nosso nível de atenção hoje é mínimo. Falei-lhe dos vídeo clips, da superficialidade cultural que a televisão produz. Ouviu-me com atenção, mas parece não ter aceitado minha explicação.
 
W.L. estava aturdido. Ele me dizia que percebia por aquele culto que  havia muitos chavões mas pouco compromisso ético na igreja. Por duas vezes, me perguntou: "Será possível conduzir a obra de Deus apenas prometendo triunfo, sem jamais questionar a vocação profética da igreja?
 
Graças a Deus eu não estava sozinho, os próprios membros do ministério já vinham sofrendo.
 
Desci do Pulpito e fui la fora beber uma água logo W.L. se aproximou com S.A. e mais dois pastores querendo entender o que se passava. Falou-me de como eram os cultos evangelísticos de seus dias e de como as pessoas encaravam o novo movimento religioso. Mostrou-me que o apelo para as pessoas se converterem foi uma quebra de paradigmas. Ele fazia o apelo para que as pessoas que estavam "ansiosas" por salvação tivessem um tempo para refletir e saber se realmente desejavam um compromisso real com Cristo. Que o novo nascimento era uma decisão importantíssima que as pessoas faziam em resposta à graça.
 
W.L., que me apresentou a outros ilustres obreiros, não aceitava que todo o sacrifício dos pioneiros do movimento pentecostal desmoronasse em uma teologia tão imediatista. Ele dizia que não há pentecostes sem a cruz. Com um sotaque sueco, disse-me: – Meu filho, não há experiências com o Espírito Santo sem zelo missionário, sem paixão evangelística.
 
Rasguei meu esboço original e deixei Deus trabalhar no meu coração, vou usar um esboço celestial "entrego-me nas suas mãos Deus, usa-me conforme a tua vontade".Derrepente . Estava rodeado com uma grande nuvem de testemunhas, jovens, idosos que não aceitam aquele tipo de religião naquela igreja e todos tinham o semblante preocupado.
 
Logo descobir que o Pastor presidente havia falecido e que um "tal" assumiu a posição mudando todo mandamento e doutrina biblíca.
 
Sem pensar muito, fizemos um pequeno circulo e oramos. Em minha prece, pedi que Deus levante uma igreja evangélica no Brasil comprometida em ter apenas a Bíblia como regra de fé e de prática. Pedi que Deus levante pastores que cuidem do povo como rebanho de Deus e não como um investimento que pode ser capitalizado no futuro. Orei para que os seminaristas não confundam sucesso com um ministério aprovado por Deus. Supliquei a Deus que nos faça uma igreja solidária com os miseráveis, profética na defesa dos indignos e misericordiosa com os pecadores.
 
Muita gente já deu a sua vida pela causa de Cristo. E eu como ministro do evangelho jamais vou aceitar que pastorzinhos de fundo de quintal tirem a esperança, a sã doutrina que nossos antigos missionários colocaram.
 
Preguei, ministrei. E ministrei mesmo. Muitos foram renovados. Ministrei que devemos buscar primeiro o Reino de Deus e sua Justiça.
 
Assim que entreguei o microfone o pastor presidente Erivaldo Coelho, Igreja Assembléia Primitiva disse que eu não sabia pregar e que era muito jovem para ministrar aquele tipo de sermão. Uma pena que alguns lobos me colocaram pra fora da igreja.
 
Sai debaixo de chuva, cheguei em casa todo ensopado e aos prantos. Minha esposa logo percebeu e me confortou.
 
Mas deixei a marca de Cristo naquele lugar. No dia seguinte fui informado que muito mais da metade daquela igreja saiu logo atras de mim deixando a madrugada de vigilia sem quase espectador.
 
Sugiro que leiam o texto aqui mesmo no meu blog "igrejas também morrem".
 
 
Jeferson Queiroz
Praise God. For him, all glory and praise.


 
 
"Muita gente já deu a sua vida pela causa de Cristo. E eu como ministro do evangelho jamais vou aceitar que pastorzinhos de fundo de quintal tirem a esperança, a sã doutrina que nossos antigos missionários colocaram". (Jeferson Queiroz)
 
 
 
Bom, e lá estava eu mais uma vez a ser o pregador da noite.
 
Numa madrugada de vigilia com o auditório lotado. A culto iniciou-se com uma oração muito mecânica. Apresentou-se logo um grupo musical gospel. Nos primeiros acordes, notei que faltava talento e sobravam decibéis. A letra era incentivadora, toda a música concentrava-se em repetir um refrão: "deus vai destruir teu inimigo, deus vai lhe dar do bom e do melhor ." A multidão foi ao delírio com o término da apresentação que todos chamaram de"louvorzão."
Gritava e movia-se, sapateavam e falavam em linguas em um frenesi alucinante.
 
O líder do culto, levantou-se e ensinou as pessoas uma coreografia que, segundo ele, derrotaria o diabo. Todos, como se estivessem com espadas na mão, passaram a encenar uma batalha de Filme americano. Terminada a "batalha" foram gastos mais de quarenta minutos no levantamento das ofertas.
 
O ambiente tornou-se constrangedor. Tudo foi feito para aumentar a contribuição. Desde ameaças a promessas de que receberiam cem vezes mais. Como também se colocou um medo no coração dos não ofertantes com maldição e ataques do diabo.
 
As ofertas resolveriam todos os problemas das pessoas. De acordo com o valor dado, o câncer desapareceria, os problemas conjugais se resolveriam. A oferta seria a chave para uma vida plena e feliz.
 
O preletor daquela noite seria eu, preocupado com o que dizer ou por onde começar montava meu próprio esboço baseando-me nas aberrações que estavam ali.
 
levantou-se para uma saudação um homem com uns quatro anéis de teologia, terno branco e sapato vermelho brilhante e, por cerca de trinta  minutos, falou sobre assuntos diversos sem, contudo conduzir uma linha de raciocínio, sem qualquer compromisso de expor a Bíblia. Parecia não haver se preparado. Falava, falava, deixando que suas divagações o conduzissem a um próximo pensamento, que nem ele próprio sabia qual era. Cada oportunidade concedida me perturbava. Transformava-se em um pesadelo.
 
O clima era desconfortável. Mesmo em espirito de oração, lembro-me de como o músculo de minha face tremia diante da honra de apertar a mão de cada um deles. Muitas perguntas vieram à minha mente. Curiosidades, esclarecimentos, dúvidas que precisavam ser sanadas. Mas, ao contrário, eles é que começaram a me adorar. Meu nome foi citado varias vezes, muitos abraços carinhosos de gente que eu nunca vi, roupas escandalosas e gente fina, rica. As Damas cumprimentavam-me só com a ponta dos dedos, gente metida mesmo.
 
 
Logo, me indentifiquei com dois obreiros.
 
W.L , veemente, mostrou-me os efeitos devastadores que as relíquias tiveram em seus dias e que somos justificados pela fé. Para ele, a Palavra deveria ser suficiente para produzir fé e que não precisamos de "pontos de contato" para que o poder de Deus flua em nós.
 
S.A., interveio em minha conversa com W.L.. Ele também estava revoltado. Sua maior preocupação era entender o porquê de tanto descaso com a Bíblia. Ele não entendia como nos separamos tanto da Reforma que transformou o conceito de culto. Concluiu me mostrando que o púlpito antigamente ficava deslocado em um lugar de menor importância e que o altar é que era central.
 
Só no protestantismo, o púlpito passou a ocupar o lugar mais central do templo. Tentei mostrar-lhe que estamos em uma sociedade viciada em imagens. Que o nosso nível de atenção hoje é mínimo. Falei-lhe dos vídeo clips, da superficialidade cultural que a televisão produz. Ouviu-me com atenção, mas parece não ter aceitado minha explicação.
 
W.L. estava aturdido. Ele me dizia que percebia por aquele culto que  havia muitos chavões mas pouco compromisso ético na igreja. Por duas vezes, me perguntou: "Será possível conduzir a obra de Deus apenas prometendo triunfo, sem jamais questionar a vocação profética da igreja?
 
Graças a Deus eu não estava sozinho, os próprios membros do ministério já vinham sofrendo.
 
Desci do Pulpito e fui la fora beber uma água logo W.L. se aproximou com S.A. e mais dois pastores querendo entender o que se passava. Falou-me de como eram os cultos evangelísticos de seus dias e de como as pessoas encaravam o novo movimento religioso. Mostrou-me que o apelo para as pessoas se converterem foi uma quebra de paradigmas. Ele fazia o apelo para que as pessoas que estavam "ansiosas" por salvação tivessem um tempo para refletir e saber se realmente desejavam um compromisso real com Cristo. Que o novo nascimento era uma decisão importantíssima que as pessoas faziam em resposta à graça.
 
W.L., que me apresentou a outros ilustres obreiros, não aceitava que todo o sacrifício dos pioneiros do movimento pentecostal desmoronasse em uma teologia tão imediatista. Ele dizia que não há pentecostes sem a cruz. Com um sotaque sueco, disse-me: – Meu filho, não há experiências com o Espírito Santo sem zelo missionário, sem paixão evangelística.
 
Rasguei meu esboço original e deixei Deus trabalhar no meu coração, vou usar um esboço celestial "entrego-me nas suas mãos Deus, usa-me conforme a tua vontade".Derrepente . Estava rodeado com uma grande nuvem de testemunhas, jovens, idosos que não aceitam aquele tipo de religião naquela igreja e todos tinham o semblante preocupado.
 
Logo descobir que o Pastor presidente havia falecido e que um "tal" assumiu a posição mudando todo mandamento e doutrina biblíca.
 
Sem pensar muito, fizemos um pequeno circulo e oramos. Em minha prece, pedi que Deus levante uma igreja evangélica no Brasil comprometida em ter apenas a Bíblia como regra de fé e de prática. Pedi que Deus levante pastores que cuidem do povo como rebanho de Deus e não como um investimento que pode ser capitalizado no futuro. Orei para que os seminaristas não confundam sucesso com um ministério aprovado por Deus. Supliquei a Deus que nos faça uma igreja solidária com os miseráveis, profética na defesa dos indignos e misericordiosa com os pecadores.
 
Muita gente já deu a sua vida pela causa de Cristo. E eu como ministro do evangelho jamais vou aceitar que pastorzinhos de fundo de quintal tirem a esperança, a sã doutrina que nossos antigos missionários colocaram.
 
Preguei, ministrei. E ministrei mesmo. Muitos foram renovados. Ministrei que devemos buscar primeiro o Reino de Deus e sua Justiça.
 
Assim que entreguei o microfone o pastor presidente Erivaldo Coelho, Igreja Assembléia Primitiva disse que eu não sabia pregar e que era muito jovem para ministrar aquele tipo de sermão. Uma pena que alguns lobos me colocaram pra fora da igreja.
 
Sai debaixo de chuva, cheguei em casa todo ensopado e aos prantos. Minha esposa logo percebeu e me confortou.
 
Mas deixei a marca de Cristo naquele lugar. No dia seguinte fui informado que muito mais da metade daquela igreja saiu logo atras de mim deixando a madrugada de vigilia sem quase espectador.
 

Jeferson Queiroz
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1 comentários:

  1. parabééns!
    as igrejas de hoje, a maioria estao se desviando da verdade, todo mundo só quer receber bençao, e receber dons, e ter sucesso cantando musica de Deus
    misericórdia de nos Jeová, seu caminho é estreito, precisamos da tua palavra, precisamos de tiiiiiiiiiiii!!!!!! Ajuda nos! por favor!!!
    misericordiaa de noss!

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(2) A única coisa que eu não aceito é vir com a teologia do “não toque no ungido”, que isto é conversa para vendilhão dormir... Faça como os irmãos de Beréia e vá ver se o que lhe foi dito está na Palavra Deus!
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“Mais importante que ser evangélico é ser bíblico” - George Knight .