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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

8 de agosto de 2011

Viver não é cansativo.

Viver não é cansativo, o que fatiga são as perguntas imbecis de quem não quer ter opinião própria, os comentários burros de quem não gosta de pensar, as lógicas dos religiosos que tem preguiça de ler e adoram enganar as pessoas com suas teologias de fundo de quintal.

Viver não é cansativo, o que cansa é precisar debater com quem só lê a 'Veja" ou fica preso nas novelas podres da rede globo; é ter que ouvir a opinião de quem defende os politicos corrupitos; é ter que debater com quem aprendeu toda a Verdade com o Max Lucado e se acha apto para converter o mundo islâmico.

Viver não é cansativo, o que desespera é ter que calar diante das vaidades maquiadas como piedade; é ter que respeitar os narcisismos travestidos de desprendimento; é ter que fazer vista grossa diante dos escroques de colarinho clerical: "porque eles também podem estar ganhando almas e despovoando o inferno".

Viver não é cansativo, o que chateia é ter que explicar que dançar a valsa na formatura da filha não é pactuar com o mundo; é ter que arrazoar com analfabetos funcionais para mostrar-lhes que não existe diferença entre música (Só existe música boa ou ruim!).

Viver não é cansativo, o que amarga é ter que ficar calado diante dos maiores descalabros éticos, é ter que assistir a um monte de gente se esforçando para jogar a dignidade pelo ralo e precisar engolir seco.

Viver não é cansativo, o que exaure é ver as igrejas lotadas de ingenuos em busca de um Mega Milagre porque: é saber que cada campanha de oração que "vai destrancar os cadeados do céu", na verdade, foi projetada para arrancar mais dinheiro dos pobres; é notar que muitos nas elites religiosas não diferem em nada dos políticos que só sabem defender seus interesses.

Viver não cansa, o que debilita é ter que lidar com a fofoca de quem não tem brilho próprio; é ter que admitir que vários fazem do sacerdócio um jeito de progredir com um esforço mínimo; é saber que a indústria da "música gospel" fatura em cima da vaidade de cantores que jamais dariam certo fora das igrejas e que, para compensar a falta de talento, vivem a fazer biquinhos, vertendo lágrimas forçadas.

Viver não cansa, realmente, não cansa. 

Faz bem à alma lidar com jovens grávidos de sonhos, com mulheres íntegras, que não medem esforços para acolher os esquecidos e com anciãos que destilam uma sabedoria acumulada pela experiência.

Os poetas com suas intuições, os músicos com suas percepções, os professores com sua erudição, os pastores com sua dedicação, continuam a encantar.

Os atletas com sua disciplina, os profetas com sua veemência, os missionários com sua coragem, são um bálsamo que cura as feridas da desesperança.

Viver é tão bom que dá vontade de continuar escrevendo ...

Jefferson Queiroz

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