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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

30 de novembro de 2009

A polêmica Bíblia de estudo Dake


A polêmica da hora no meio evangélico pentecostal, especialmente entre assembleianos, é a publicação da The Dake Bible pela CPAD, com o título Bíblia de estudo Dake, anunciada como a "principal fonte de consulta dos pregadores pentecostais" nos últimos 40 anos. Ainda segundo a editora, "os ricos apontamentos" de Dake, "revisados com todo o rigor doutrinário e teológico, tornam claras leituras obscuras". Então, porque a polêmica em torno do lançamento?

A discussão toda começou quando alguém lembrou que Finis Jennings Dake defendeu heresias que o colocam como patrono de muitos expoentes da teologia da prosperidade, além de identificá-lo com heresias mórmons. Tais heresias foram denunciadas no Brasil no livro Cristianismo em Crise, de Hank Hanegraaff, publicado pela própria CPAD! Estabelecida a controvérsia, assembleianos de expressão se posicionaram, alguns de forma bastante ambígua.

Um dos críticas mais ácidos da publicação é o Pr. Robson Aguiar, para quem o lançamento é uma vergonha para a CPAD. O sempre lúcido Gutierres Siqueira assumiu que não gostou "do lançamento da Bíblia de Estudo Dake. Ora, Finis Jennings Dake influenciou bastante o "Movimento da Fé". Alguém que certamente contribui para o maior mal da igreja evangélica no final do século XX, não é um tanto recomendável". Questionado por Sidnei Moura a respeito, o Pr. Silas Daniel (comentários) defendeu a obra, afirmando que "os detentores do direito de publicação da obra de Dake autorizaram a CPAD retirar da Bíblia Dake os erros doutrinários", que ele classifica como "pequenos trechos equivocados da obra". O Pr. Altair Germano defendeu a publicação, considerando a supressão de tais trechos, mas defende que numa próxima edição seja indicado que a CPAD não endossa a totalidade dos ensinos de Dake na presente obra. O pastor Ciro Zibordi, sempre enfático em seus ataques ao neopentecostalismo e sua nefasta teologia da prosperidade, foi algo ambíguo na sua recomendação da obra, tanto que um dos seus leitores pergunta qual é a posição dele, afinal.

Chamam atenção algumas afirmações feitas pelos envolvidos no debate. Alguns afirmam que se Silas Malafaia, como vice-presidente da CGADB pode lançar sua Bíblia de Batalha Espiritual e Vitória Financeira, sem ser questionado oficialmente, então porque a CPAD não pode lançar uma obra de mesmo jaez? Lembram também que a CPAD já publicou no passado outras obras que continham erros, como é o caso do Antigo Testamento versículo por versículo, de Champlin. E finalmente, encontram apoio para a publicação até no fato das livrarias da CPAD venderem obra de reformados!

Quem já leu alguns posts meus sabem que não sou entusiasta de Bíblias de Estudo. A propósito, recomendo a leitura da primeira parte de Mais uma bíblia de estudo?, de Daladier Lima. Mas vejo com preocupação o movimento pendular da CPAD, ora publicando obras teológicas de pentecostais e de reformados sérios e ora dando expressividade a autores pelagianos (caso do Finney) e heréticos em suas teologia própria e cristologia (caso do Dake). Seria a pressão do mercado?


Fonte:  Cinco Solas 

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