Qualquer experiência que se distancie da norma do casamento heterossexual “é tratada como desviada, anormal ou doentia”, disse a pastora Adelaide Jiménez, diretora do Programa de Teologia da Universidade Reformada da Colômbia
O tema do encontro versou sobre "Nosso corpo presente de Deus: Um desafio para as mulheres a partir dos direitos sexuais e reprodutivos”, organizado pela coordenadora regional da Pastoral da Mulher e de Justiça de Gênero, Terezinha Bustamante Ospina.
Adelaide Jiménez lembrou que a Bíblia tem sido usada como fonte para fundamentar concepções em torno da sexualidade que se inscrevem no âmbito do proibido e do perigoso, que precisam de regras para serem controladas. Elementos e fatores que dão sentido à existência de homens e mulheres são características culturais e históricas “e, portanto, possíveis de transformar”, disse.
A teóloga apresentou panorama do pensamento dos Pais da Igreja sobre o tema, de onde saiu o pensamento tão difundido na sociedade ocidental de que “a matéria é má e o corpo é matéria”.
Com essa concepção os Pais da Igreja fortaleceram o sistema patriarcal e criaram uma teologia patriarcal que justifica a discriminação e a subordinação das mulheres na história, disse Adelaide. Ela defendeu uma nova perspectiva bíblica do corpo que contemple a idéia de um corpo santo, que representa a imagem de Deus.
O estudo desse tema desafia as igrejas a reconhecerem que os textos bíblicos, como outros tantos textos antigos, são patriarcais, a romperem os paradigmas tradicionais que levem a novas concepções da mulher, seu corpo, sua sexualidade.
Uma abordagem ética e libertadora da sexualidade busca na Bíblia a inspiração que questiona concepções que relacionam as experiências sexuais com o pecado e a culpa. Essa reconstrução das vivências da sexualidade resgata os corpos, de modo especial o das mulheres.
A partir de uma abordagem libertadora, a sexualidade é um dom de Deus, bênção divina, que tem no corpo sua morada divina e que se experimenta como sopro do Espírito, frisou a teóloga reformada. Alguns textos bíblicos podem servir de iluminação na recriação de perspectivas que abordam a sexualidade de forma integral, agregou.
Fonte: ALC - Jorge Zijlstra
Postado por: Redação Ogalileo
0 comentários:
Postar um comentário
Comenta! Elogia! Critica! É tudo para o Reino!
Considere apenas:
(1) Discordar não é problema. É solução, pois redunda em aprendizado! Contudo, com modos.
(2) A única coisa que eu não aceito é vir com a teologia do “não toque no ungido”, que isto é conversa para vendilhão dormir... Faça como os irmãos de Beréia e vá ver se o que lhe foi dito está na Palavra Deus!
(3)NÃO nos obrigamos a publicar comentários ANÔNIMOS.
(5) NÃO publicamos PALAVRÕES.
“Mais importante que ser evangélico é ser bíblico” - George Knight .