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"Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim." – Jo 15.18

12 de julho de 2010

Evangelho da Malandragem X Evangelho da Graça


        Uma cantora pop (que teria morrido por overdose de drogas) cantava uma canção, na qual ela dizia: “Eu vou pedir a Deus um pouco de malandragem”. Acho que Deus não precisou atender este pedido, pois ela já devia ter uma dose maciça da malandragem aprendida no ambiente mundano em que vivia e com as drogas que consumia, as quais petrificaram sua consciência, conforme acontece a quem se entrega totalmente ao mundo, em busca de fama e prazer. Só Deus sabe  onde ela foi parar, depois da morte...
        Mas, não é somente no mundo que encontramos malandragem. Ela tem infestado as igrejas “avivadas”, ou “carismáticas”, onde muitos pregadores (usando títulos pomposos de bispo e até de apóstolo) pregam o evangelho da malandragem,lendo passagens do Velho Testamento e interpretando-as como se os membros de suas ”sinagogas” fossem judeus e tivessem a obrigação de cumprir toda a lei e os profetas do VT. Imaginem se a esposa de um desses vidrados no VT cometesse adultério. Será que ele iria permitir que ela fosse apedrejada, conforme acontecia no tempo do Velho Testamento? Duvido muito!
Em Lucas 16:16, vemos Jesus dizendo: “Toda a lei e os profetas duraram até João”. Mas um dos meus leitores contestou com a explicação de que Jesus jamaisaboliu a lei e os profetas, pois Ele mesmo os confirmou no Caminho de Emaús.
        Ora, Jesus citou a lei e os profetas no Caminho de Emaús, mas teve o Seu motivo. Ele quis comprovar, pela lei e os profetas, que era o Messias prometido a Israel, O qual iria dar a Sua vida pelos pecadores e ressuscitar ao terceiro dia. Ele estava falando para dois judeus e não para os gentios. Quando Cristo entregou a evangelização dos gentios a Paulo e lhe apareceu algumas vezes no deserto, dando-lhe os ensinamentos (segundo o próprio Paulo afirma em Gálatas 1:12), este Evangelho veio diferente do Evangelho que Ele pregou aos judeus, os quais se embasavam na Lei de Moisés e nos profetas antigos, exigindo sinais e aguardando um Messias glorioso, aqui na Terra. Cristo veio e cumpriu toda a lei, exatamente para libertar o Seu povo do jugo da lei.
Considerando que os gentios foram evangelizados, a partir do Dia de Pentecoste,  após ter Jesus ressuscitado e cumprido as profecias do VT sobre a Sua vinda, o Evangelho de Paulo aos gentios seria diferente, ou seja, o de convencê-los da Divindade de Cristo, enaltecendo a salvação exclusivamente pela fé em Cristo e ensinando a maneira como os gentios deveriam viver para agradar a Deus. Quem lê as Cartas de Paulo (principalmente aos Gálatas e Romanos) se liberta do jugo da lei, com maior facilidade do que quem ainda vive chapinhando na leitura do Velho Testamento.
Infelizmente, o pregador que mal conhece oEvangelho da Graça gosta de usar o VT, pois assim, pode florear a leitura com as suas próprias idéias, podendo encaixar na pregação um sentimento de culpa em quem não “colaborar generosamente com a obra do Senhor”, a qual, geralmente, significa encher o gazofilácio de sua igreja e também sua conta bancária. O dízimo é um dos engodos pregados nos púlpitos.
Hoje tivemos na PIBT duas bênçãos de Deus:1ª.) Um coral que veio Primeira Igreja Batista de Rio Novo (ES), dirigido pela irmã Rosemary Scheideger; 2ª.) um pregador que preside a Junta de Missões em Mato Grosso do Sul, Pr. João Marcos. O coral é simplesmente maravilhoso; a regente é um charme e o pregador João Marcos tem um senso de humor extraordinário, tendo entregue uma prelação com narrativas interessantes e altamente edificantes, para uma igreja lotada de membros e visitantes.
Depois do culto, fui cumprimentar a regente do coral de Rio Novo e, quando já ia voltando do almoço (no novo templo), encontrei casualmente o pregador, a quem também cumprimentei, elogiando a sua capacidade de fazer uma igreja inteira rir (com os seus trocadilhos pitorescos) e, em seguida, concentrar-se no que ele falou seriamente, narrando o sofrimento dos missionários que vão pregar oEvangelho da Graça nos países muçulmanos, onde estão sempre com uma espada pendente sobre as suas cabeças.
Que Deus abençoe tremendamente os dois pregadores deste domingo: a irmã, que pregou através da música sacra do coral, e o pastor, que pregou através de suas narrativas interessantes, tendo ambos contribuído para o nosso crescimento espiritual. Como diria o meu apóstolo favorito: “Todas coisas contribuem juntamente para o bem dos que amam a Deus” (Romanos 8:28). Deus Pai tem usado os Seus missionários para conduzir muitas almas perdidas ao “Reino do Filho do Seu amor”  (Colossenses 1:13), quer seja pela música sacra ou pela pregação do Evangelho da Graça.Estes visitantes de hoje podem dizer como Paulo, na 2 Coríntios 1:12: “Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e de modo particular convosco”.

Mary Schultze, 04/07/2010 -www.maryschultze.com

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