Por Clóvis Cabalau
São Luís será palco [nesse caso, não é uma metáfora], este mês, do “Show da Fé”. Isso mesmo, esse é o nome de um megaevento - que percorre o país - capitaneado por uma forte denominação e que deve reunir milhares de pessoas numa grande área livre da capital maranhense, à beira-mar. Além de cantores de uma gravadora específica, grandes atrações das plataformas evangélicas estarão em cena. A “cruzada”, como vem sendo chamada, é comemorativa às décadas de fundação da igreja organizadora do evento. Tudo “de grátis”.
Evento, cruzada, culto ao ar livre... eram, antes, nomes mais comumente usados para qualificar esse tipo de manifestação. Mas, por que não sermos sinceros? Afinal, somos crentes ou não somos? Taí, gosto da sinceridade dos organizadores do “Show da Fé”. Não apenas é um nome mais apropriado, como mais honesto. Ora, se Jesus nos propõe o pão da vida, por que não “aperfeiçoar” a oferta do Mestre e oferecer pão e circo? É questão de “lógica”, já que muitos não se contentaram apenas com o alimento espiritual e desistiram de seguir a Ele [João 6: 58-66]. O negócio é dar show, mostrar “milagres” em telões, estampar astros da música gospel e garantir a multidão presente - e os presentes da multidão.
Fico pensando em Pedro quando pregou no Dia de Pentecostes [Atos 2]. Se o apóstolo tivesse usado de uma visão de marketing apurada, não seriam “apenas” quase de 3 mil vidas para Cristo naquele dia, mas milhões de almas. Bastava uma propagandazinha semanas antes do grande dia: “Venham todos para o Megashow da Fé”; “Venham ver a manifestação poderosa do Espírito Santo no meio do povo”; “Deus vai curar, vai libertar, vai mandar fogo do céu...”. Tudo agendado previamente com o Todo Poderoso, claro. Ou seja, não é mais Deus quem escolhe a hora e o lugar para operar, mas são os “profetas” que determinam como e quando vai ser o grande show.
Sei não, é muito show para o meu gosto.
Evento, cruzada, culto ao ar livre... eram, antes, nomes mais comumente usados para qualificar esse tipo de manifestação. Mas, por que não sermos sinceros? Afinal, somos crentes ou não somos? Taí, gosto da sinceridade dos organizadores do “Show da Fé”. Não apenas é um nome mais apropriado, como mais honesto. Ora, se Jesus nos propõe o pão da vida, por que não “aperfeiçoar” a oferta do Mestre e oferecer pão e circo? É questão de “lógica”, já que muitos não se contentaram apenas com o alimento espiritual e desistiram de seguir a Ele [João 6: 58-66]. O negócio é dar show, mostrar “milagres” em telões, estampar astros da música gospel e garantir a multidão presente - e os presentes da multidão.
Fico pensando em Pedro quando pregou no Dia de Pentecostes [Atos 2]. Se o apóstolo tivesse usado de uma visão de marketing apurada, não seriam “apenas” quase de 3 mil vidas para Cristo naquele dia, mas milhões de almas. Bastava uma propagandazinha semanas antes do grande dia: “Venham todos para o Megashow da Fé”; “Venham ver a manifestação poderosa do Espírito Santo no meio do povo”; “Deus vai curar, vai libertar, vai mandar fogo do céu...”. Tudo agendado previamente com o Todo Poderoso, claro. Ou seja, não é mais Deus quem escolhe a hora e o lugar para operar, mas são os “profetas” que determinam como e quando vai ser o grande show.
Sei não, é muito show para o meu gosto.
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Clóvis Cabalau é do tempo em que Jesus não fazia barganhas nem se limitava às agendas humanas.
Clóvis Cabalau é do tempo em que Jesus não fazia barganhas nem se limitava às agendas humanas.
Fonte: Púlpito Cristão
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