Prezados irmãos,
Segue abaixo a resposta do bispo Robson Rodovalho quanto a carta aberta que publiquei questionando suas doutrinas. Abaixo dela minha contra-resposta:
Espero que o nosso Deus Eterno o guarde em paz.
Prezado bispo, ou devo lhe chamar de deputado? Os seus ensinamentos são públicos, o que me leva também publicamente a discordar de suas doutrinas, o que o fiz mediante carta aberta.Tomei conhecimento de sua carta, que não obstante ser endereçada a minha pessoa foi postada em um local público. Apesar do livre acesso aos meus sites, tanto da Sara Nossa Terra, bispo Rodovalho, e também como parlamentar, no site oficial, entre outras redes de relacionamento da internet das quais participo, como Orkut, Facebook, Blog pessoal além do Twitter; você preferiu postá-la abertamente.
É uma lástima e é incompreensível o fato de você não se dirigir a mim pessoalmente, ao invés do acesso público. Ou você quer corrigir minha doutrina publicamente?
Eu não me constranjo em acreditar nas ênfases a que você se refere como algo "anti-bíblico",. Aliás, você não cita nenhuma escritura que contradiga os meus ensinos; por quê?
É inverídico o que eu disse sobre os trajes de Jesus? (Jo 19: 23) Ou do número de pessoas que andavam em sua companhia, e em relação as mulheres que O serviram com seus bens, elas não existiram? (Lc 8:3)
O que você chama de "prosperidade", para mim, e para centenas de outros líderes cristãos, é apenas o evangelho. Me orgulho de acreditar que o evangelho e a proposta de Deus para o homem, é sim de plenitude e abundância, embora possamos passar por momentos de provas e dificuldades, como disse o apóstolo Paulo,"Tanto sei viver em plenitude como passar dificuldades” (Filipenses 4:12)
Criticar estes ensinos irmão é criticar homens que nos precederam, e nos ensinaram a viver nesta provisão de Deus, como Kenneth Hagin, Benson Idahoosa, David Young Cho, e outros. Outra coisa, Paulo nos ensina que se não concordamos sobre algum ponto, apenas não julgue seu irmão que acredita. Viva sua fé, e deixe cada um viver conforme seu entendimento bíblico. Aliás, apenas somos mestres daqueles que se colocam debaixo de nossa autoridade espiritual, (I Cor 7: 24).
Sobre o pastor Matheus, ele é pastor de uma grande igreja em Londres, que atesta seu ministério. Aliás, os frutos de nosso ministério falam mais alto do que nossas palavras e nossas idéias. No plano das idéias é muito fácil ser os "donos da verdade", apenas ideias vazias.
Meu querido, eu não sabia sobre a multa que o governo Inglês, aplicou ao pastor Mathew, eu pesquisei sobre seu ministério, e encontrei uma excelente palavra e um coração afável, e amado.
Estou, e sempre estarei à sua disposição para qualquer esclarecimento. Mas sugiro que se formos falar sobre discordâncias bíblicas, o façamos pessoalmente. Até porque estas posições teológicas estão ao alcance de todos e as pessoas já fizeram suas opções ao escolher o ministério que participam.
O apóstolo Tiago nos ensina “Mostra-me sua fé por suas obras” (Tiago 2:18)
Sobre a visão megalomaníaca a que você se refere, oro ao meu Deus a cada dia para aumentá-la, até porque, em um mundo de dores como o nosso, oxalá tenhamos homens com imensas visões e práticas, como eu, para assim possamos cumprir o ide de Jesus Cristo. Não penso que tenhamos qualquer coisa grande neste mundo de percentuais tão pequenos de nascidos de novo em todas as nações, infelizmente.
Deus te abençoe,"
Como o senhor bem sabe em um estado democrático de direito como o nosso eu posso não concordar com senhor, o que fiz com educação e respeito.
Continuo afirmando que suas doutrinas não são bíblicas e que a prosperidade não é, nunca foi e nunca será marca indelével do cristão, porque se fosse, todos os que confessam a Cristo seriam ricos e prósperos. Acredito que melhor do que ninguém o senhor conheça a realidade social do nosso povo brasileiro, até porque como deputado, deve estar inserido na dura e triste realidade de nossos cidadãos. Nosso país está repleto de bolsões miseráveis, cujo IDH é igual ao das nações mais pobres do mundo. Em comunidades paupérrimas onde não se tem o que comer encontramos inúmeros cristãos, que mesmo professando a sua fé no Senhor não enriqueceram. O que será que está errado? Talvez estejam vivendo sob a efígie da maldição como o senhor gosta de ensinar.
Pois é bispo, infelizmente , boa parte dos que confessam a fé em Cristo são pobres, e afirmar que eles podem ser ricos é no mínimo uma afronta aos ensinamentos cristãos.
Caro Robson, o reformador João Calvino acreditava na prosperidade como conseqüência do trabalho. Ele nunca decretou ou determinou a bênção ou enriquecimento dos filhos de Deus, nem tampouco quebrou maldições hereditárias, coisas essas que os teólogos da prosperidade o fazem com esmero.
Quanto aos autores mencionados pelo senhor como Kenneth Hagin, Benson Idahoosa, David Young Cho, lamento afirmar que em muito se afastaram da sã doutrina e que os seus ensinamentos se contrapõem a verdade cristã.
Afirmo também que números não apontam exclusivamente para aprovação divina quanto a nossa doutrina e praxi cristã. O fato de alguém possuir milhares de seguidores não o faz aprovado por Deus, o que acredito que o senhor saiba muito bem.
Isto posto, oro ao Senhor Todo-poderoso que o ilumine, e que mediante as Escrituras Sagradas, a qual é nossa ÚNICA regra de fé, o senhor seja conduzido a uma postura absolutamente diferente da que tem vivido.
NEle, que é o Senhor que há de julgar os homens e suas doutrinas,
Respeitosamente,
Pr. Renato Vargens
Fonte: [ Blog do autor ]
Pr. Renato, deixo meus parabéns pela atitude e coragem em defender o evangelho!
Agora, questiono as respostas do Rodovalho, por não ter fundamento bíblico e possuir diversas falhas.
Um homem público como o sr. Rodovalho, querer ser exortado em particular? Estranho... qual a diferença em postar uma carta aberta e pública no blog do Renato Vargens ou no blog/Orkut/etc. do Bispo e deputado Rodovalho? Ambos não são espaços virtuais públicos? Afinal, os ensinamentos do Rodovalho são públicos também?
Rodovalho indaga:
"É inverídico o que eu disse sobre os trajes de Jesus? (Jo 19: 23) Ou do número de pessoas que andavam em sua companhia, e em relação as mulheres que O serviram com seus bens, elas não existiram? (Lc 8:3)".Claro que tais passagens são bíblicas sim. Porém, o sr. Rodovalho , em uma entrevista à Revista Eclésia, distorceu tais textos para afirmar que Jesus era rico. Ao contrário da afirmação dele, os trajes de Jesus no geral não eram de rico, pois os soldados tomaram as vestes e "rasgaram-nas em quarto partes", somente a túnica (peça íntima que ficava debaixo das vestes) que era algo realmente nobre naquela época, pois não tinha costura, era tecida de cima abaixo. Por isso que eles lançaram sortes sobre ela para ver quem ficaria com a mesma. Porém, deduzimos que tal peça poderia ter sido doada por algum discípulo. Afinal, tudo ou quase tudo o que Jesus possuia durante o seu ministério era doado pelos discípulos que o acompanhavam. No próprio texto de Lucas 8:3, que o próprio Rodovalho cita, narra exatamente isso (ao contrário do pensamento distorcido de Rodovalho). Algumas mulheres serviram Jesus com alguns bens. Isso não significa que Jesus era rico. Pelo contrário, prova que ele não tinha absolutamente nada e que os próprios discípulos cuidavam do sustento de algumas necessidades do mestre. É importante lembrar do que o Mestre disse, umpouco mais à frente: "As raposas têm seus covis, e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça". (Lc 9:58)
Rodovalho erra grave ao afirmar que evangelho é sinônimo de prosperidade. Ora, se fosse assim, absolutamente ninguém seria pobre! Todos os evangélicos do mundo teriam que ser ricos. O que sabemos que, além de não ser bíblico, não é verdade. Evangelho é salvação, é arrependimento, é renúncia, é transformação, e não vida financeira abundante.
Rodovalho afirma que, ao criticar a teologia da prosperidade é criticar homens como Kenneth Hagin, benson Idahoosa, David Young Cho, etc. E o Rodovalho acertou mesmo! Se ele ao menos conhecesse o conteúdo desta postagem: (clique aqui para ver) talvez mudaria até de opinião. Claro que vamos criticar esses e outros gurus deste "câncer" que é a teologia da prosperidade.
Sobre julgar ou não, a própria Bíblia nos ensina a julgar: "Não julgueis pela aparência, e sim pela reta justiça" (Jo 7:24). Qualquer dúvida sobre julgamentos,clique aqui!
Agora, pra mim, a pior do Rodovalho é a seguinte afirmação:
"Outra coisa, Paulo nos ensina que se não concordamos sobre algum ponto, apenas não julgue seu irmão que acredita. Viva sua fé, e deixe cada um viver conforme seu entendimento bíblico. Aliás, apenas somos mestres daqueles que se colocam debaixo de nossa autoridade espiritual, (I Cor 7: 24)."Ora, além de citar um texto fora do contexto, Rodovalho não tem o mínimo cuidado hermenêutico com o contexto amplo das palavras de Paulo referente à julgamentos. O próprio apóstolo Paulo nos ensina a julgar, exortar, repreender e ensinar aqueles que estão no erro (2 Tm 4:2-4).
Outras passagens também indicam que é nossa responsabilidade julgar. Jesus pergunta às pessoas em Lucas 12:57: “E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo?”. Jesus repreende os escribas e fariseus em Mateus 23:23 e Lucas 11:23, dizendo: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém fazer essas coisas e não omitir aquelas”. Era o dever deles, de acordo com a lei, julgar – mas eles tinham falhado neste dever. Paulo orou para que o amor do filipenses “aumentasse mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção”. (Fl 1:9). Ele diz aos Corintos: “Falo como a criteriosos; julgai vós mesmos o que digo”. (1 Co 1:15).
Os cristãos são solicitados a examinar tudo e reter o bem (1 Ts 5:21). Eles também são obrigados a provar se os espíritos são de Deus: "Irmãos, não deis crédito a qualquer espírito; antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas tem saído pelo mundo afora." (1 Jo 4:1)
Mesmo nas reuniões cristãs eles devem "julgar" o que ouvem: "Tratando-se de profetas, falem apenas dois ou três, e os outros julguem." (1 Co 14:29).
Os Crentes de Corinto receberam ordens para julgar imediatamente a imoralidade existente entre os seus membros (1 Co 5:1-8). Mesmo o estrangeiro de passagem não deve ser hospedado se for verificado que não se trata de uma pessoa alicerçada na verdadeira fé ( 2 Jo 10,11). E um anátema (maldição) deve ser proferido contra aqueles que apresentarem um tipo diferente de evangelho (Gl 1:9).
Sobre autoridade espiritual, o Bispo Rodovalho deveria analisar melhor sobre o tema. Afinal, não existe "autoridade espiritual" de um crente para com outro crente na Bíblia. Não existe níveis de unções na igreja que determinam autoridades espirituais aos homens perante outros homens. Clique aqui para saber mais.
Enfim, não vou me estender muito neste post, pois semana que vem aqui no Blog Bereianos estarei postando uma refutação bíblica à entrevista feita pela revista Eclésia ao Bispo Rodovalho. Aguardem!
RM_______
Blog Bereianos
Jose era escravo e prospero nao e mesmo!
ResponderExcluirEntendo que a prosperidade venha do trabalho , na na pratica de simpatias gospel , para precionar DEUS (COITADOS DOS QUE CAEM NESSA ).
Prosperidade de vida , DEUS nos deu talentos naturais e capacidade de desenvolve - los , fazendo isso podemos OU NAO conseguir a prosperidade material , que nao nescessariamente puxa a prosperidade espiritual.
Que nao tem preco , ninguem pode comprar 1 kilo de amor , 1 kilo de perdao , conseguir adquirir esses atributos e na busca em JESUS , nos ensinamentos .
WWW.BIBLEROOTS.BLOGSPOT.COM
Gosot muito do seu blog, abrac ao.